Minas Gerais tem muitos encantos, seja pela
natureza exuberante, pelas cidades
hospitaleiras, históricas ou modernas.
Quando falamos em cidades históricas logo nos vem a mente Ouro Preto,
Mariana, Diamantina e principalmente
Tiradentes e São João del Rei.
Realmente,
essas duas últimas são destinos extremamente charmosos que nos remetem ao
passado com seus casarões, ruelas, Igrejas e todo um clima apaixonante. Tivemos
várias oportunidades de estarmos lá, seja na volta de outras viagens, um ponto
de descanso, seja em encontro de motociclista e até mesmo viagem programada
para curtirmos as cidades.
A
primeira vez que fomos de moto a São João del Rei foi em 2011, num encontro de
motociclistas. Entre tantas andanças em meios a ruas estreitas, Igrejas belíssimas,
museus, um ponto nos chamou a atenção: a Estação Ferroviária Oeste de Minas,
considerada a primeira ferrovia de Minas Gerais. Foi lá que descobrimos num antigo vagão um
fotógrafo que fazia um book de fotos de época. Foi uma maravilha sair andando
pela estação vestidos com roupas de 1910 e pousar para mais de 50 fotos.
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Almoço em São João del Rei em 2011 |
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Ensaio fotográfico de época |
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Barão e Baronesa de 1910 |
A
segunda vez, em 2013, retornando de Petrópolis, e procurando um ponto para
descanso, resolvemos pernoitar em Tiradentes.
Foi a primeira vez que ficamos na Pousada São José da Serra, uma
excelente dica de hospedagem: simples, aconchegante e próxima ao centro. À
noite entre tantas opções de bares e restaurantes, bebemos nossa cerveja no bar
“Conto de Réis”, pequeno, mas muito agradável. Em 2014, em plena copa do mundo,
fomos ao famoso “Bikefest”, um grande evento que reúnem amantes do
motociclismo, stands de motos, museu de motos antigas e muitos shows e outras
atrações.
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Pousada top |
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Bar Conto de Réis |
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Requinte e simplicidade |
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Descontração total no Bikefest em 2013 |
Porém, foi num encontro de
motociclistas em 2013 que descobrimos que nesta mesma região mineira, próximo a
Tiradentes e São João del Rei há outros tesouros históricos, pequenas cidades
também antigas, charmosas e cada uma com sua particularidade interessante:
Prados, Coronel Xavier Chaves, Resende Costa e Lagoa Dourada.
Prados é berço de muitos inconfidentes e
nasceu juntamente com Tiradentes e são João del Rei. Possui muitas lojas de
artesanato de todos os tipos, mas destaca – se a madeira. Algumas das festividades que atraem os turistas
são o Boi Mofado, o Carnaval, a Semana Santa, a Festa do Pradense Ausente, o
Passeio a Serra e o Festival de Música entre vários outros. Quem visita esta
pequena e aconchegante cidadezinha na época de suas festas, sai deslumbrado com
tanta animação, entusiasmo e cultura.
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Vista do alto de Prados |
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Ladeira com casarões antigos |
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Centro histórico |
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Pelas ruas de Prados |
Resende
Costa também é um charme e especializou – se na arte têxtil. Basta
entrar na avenida principal e você encontrará uma sequência de lojinhas que
vendem todo tipo de produto em arte têxtil: redes, colchas, conjuntos
americanos, almofadas, mantas, tapetes, bonecos de tecido, etc. Também
há boas opções de bares e restaurantes, todos simples mas aconchegantes.
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Entrada de Resende Costa |
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Lojinhas típicas |
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Um mimo |
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A noite na Pizzaria |
Nossa última aventura nesta
região, já em 2015 foi a Lagoa
Dourada. Possui a maior
pecuária leiteira da Região do Campo das Vertentes e é famosa pela produção de
rocamboles, o pão-de-ló recheado com doce de leite, vendido em vários
estabelecimentos. Os moradores também são habilidosos na produção de licores,
vinhos e outros doces caseiros, que agradam o paladar de todos os turistas.
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Em São Sebastião da Vitória |
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Carimbo no Passaporte |
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Pousada nota 10 |
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Experimentando o famoso rocambole
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A riqueza de Minas Gerais, historicamente, sempre esteve associada à abundância de ouro e pedras
preciosas da região, que fez muita gente deixar suas cidades para o trabalho
nas minas em busca de melhoria de vida. Porém com o tempo ganhou outras
riquezas também, que levou para a população de algumas cidades um meio de
subsistência. A arte e
o artesanato,
frutos de mãos habilidosas e muita criatividade foi uma opção para quem não
queria se arriscar no perigo das minas. E assim adotaram a arte e o artesanato
como um dos pilares de sua economia, como Prados, com o povoado encantado do Bichinho, Coronel
Xavier Chaves com seus trabalhos em pedra, Resende Costa, que se
especializou em arte têxtil e Lagoa
Dourada na fabricação do
famoso rocambole.
Com a desculpa de buscar mais um carimbo para nosso Passaporte da Estrada Real
fizemos outras viagens para essa região e com certeza ainda voltaremos muitas
outras, porque, como diz Fernando Pessoa “Para viajar basta existir.”