quinta-feira, 23 de junho de 2016

Um doce de viagem....

      Procurando mais destinos para nossas aventuras motociclísticas, tivemos a ideia de conhecer festas tradicionais de cidades mineiras. Foi então que encontramos uma festa curiosa e tradicional: a Festa do maior pé de Moleque do Mundo, em Piranguinho.
Saímos pela manhã de sábado, dia 11. O dia estava bonito mas o friozinho castigava. Mesmo assim munidos do espirito aventureiro e a paixão pelas duas rodas seguimos viagem, fazendo algumas paradas, nos aquecendo com um café e, após 230 km chegamos ao destino.




Piranguinho é uma cidade do sul/sudoeste de Minas Gerais, com aproximadamente 9.000 habitantes que cresceu ao Longo da Estrada de Ferro Sapucaí. Próxima às cidades de Santa Rita do Sapucaí (42 km) e Itajubá (11Km) é considerada a capital do Pé de Moleque. 
A cidade possui uma tradição muito forte e secular na produção do pé de moleque. Assim, desde abril de 2009 quando foi assinado o decreto tornando o doce Patrimônio imaterial, ocorre, anualmente a "Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo", unindo as tradicionais festas juninas de Minas Gerais com a produção do doce. O principal atrativo da festa é justamente o maior pé de moleque do mundo, que é feito com parceria das diversas barracas (a saber são classificadas por cores amarela, vermelha, laranja, etc.) e restaurantes da cidade que produzem o doce.
Na sua 11ª edição,  a Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, foi realizada nos dias 10, 11 e 12 de junho de 2016 e trouxe para os piranguinhenses e nós  visitantes um cardápio com comidas típicas como: Caldinho de Feijão, Pastel de Milho, Caldinho de Mandioca, Quentão, Vinho Quente, Canjicada entre outros petiscos e aperitivos, claro o que não pode faltar o delicioso e único Pé de Moleque de Piranguinho. Durante a festa, na Praça toda enfeitada com barracas e bandeirinhas aconteceram várias apresentações culturais como Capoeiras, Dança do Pau de Fitas, Quadrilhas entre outras. Posteriormente, alunos das escolas do Município realizaram o desfile das cores das barracas representando os produtores do doce e trouxeram o estandarte da festa, saudando os visitantes. As apresentações culturais seguiam e na cozinha improvisada os produtores derretiam a rapadura e a misturavam ao amendoim torrado e moído e assim começava a produção do maior pé de moleque do mundo que neste ano chegou a 21 m. Depois o mesmo foi compartilhado com os visitantes. E a festa foi até o sol raiar.









































Já no domingo aconteceu o almoço na praça, com mais apresentações culturais e roda de violeiros. Mas era hora dos Estradeiros pegarem a estrada de volta pra casa. Dia 12, dia dos namorados, curtimos agarradinhos na moto, numa viagem tranquila, sob um céu lindo e azul de inverno.
















E esta foi mais uma aventura dos Estradeiros da Serra, conferindo o forte da cultura em Minas Gerais e realizando mais um “doce de viagem” ….




sábado, 2 de abril de 2016

Mantiqueira: uma serra e mil encantos....

Depois do passeio maravilhoso do fim de ano nas cidades históricas de Minas Gerais, aguardávamos um feriado para a próxima aventura dos Estradeiros da Serra.
Semana Santa à vista, escolhemos um roteiro maravilhoso, que a tempos almejávamos: a região de Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro.
Esta região está localizada no  eixo RJ-SP numa área de proteção ambiental no alto da Serra da Mantiqueira na divisa com o Parque Nacional de Itatiaia. O diferencial da região está na abundância de cachoeiras, rios e piscinas naturais de águas límpidas e cristalinas. Neste cenário bucólico, encontra-se um quê de sofisticação, proporcionado por ótimas pousadas e restaurantes. A região de Visconde de Mauá é composta por 3 vilas principais: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba.



Traçamos o roteiro conforme os dias disponíveis, decidimos onde ficar e o que faríamos a cada dia. Optamos por ficar em Visconde de Mauá e de lá conhecer as outras vilas que são muito próximas.
Desta vez tivemos a alegria de ter a companhia do casal Aníbal e Rosale, também motociclistas e amigos de longa data.





Partimos de Boa Esperança na quinta – feira santa, dia 24 de março, por volta das nove horas, com um tempo espetacular de céu azul e temperatura amena. Fizemos algumas paradas para esticar as pernas e tomar um café e com mais ou menos 6 horas de viagem e 325 km rodados chegamos ao destino curtindo a subida da serra com curvas acentuadas e uma paisagem de rara beleza que só os bons motociclistas podem curtir. Nos quilômetros finais São Pedro nos brindou com uma garoa refrescante.
















Visconde de Mauá é um distrito do município de Resende, no estado do Rio de Janeiro, com partes da sua zona urbana estendendo-se também aos territórios dos municípios de Itatiaia e Bocaina de Minas.
De forma mais ampla, o nome Visconde de Mauá é atribuído ao conjunto das vilas de Mauá, Maringá e Maromba e seus diversos vales, como o Vale das Cruzes, Alcantilado, Pavão e Grama. A região como um todo compreende parte dos municípios de Resende e Itatiaia, no estado do Rio, e Bocaina de Minas, em Minas Gerais. As vilas ficam, em média, a 40 quilômetros das sedes desses municípios.
A região de Visconde de Mauá tem cerca de seis mil habitantes. A principal atividade econômica da região é o turismo, com mais de 100 estabelecimentos de hospedagem e dezenas de restaurantes, alguns especializados em trutas e receitas à base de pinhão.
Essa região se localiza em área de preservação ambiental, na serra da Mantiqueira, a 1200 metros de altitude. Os visitantes são atraídos pelas belezas naturais das cachoeiras e vales.





Escolhemos a Pousada Visconde de Mauá, bem central, simples, mas aconchegante. Na quinta mesmo fizemos um tour pela pequena Vila e lá tomamos um café e do café já ficamos pra Night na lanchonete Quiosque Bambu onde tomamos umas Heinekens e depois fomos descansar.












Dia seguinte após o café partimos para Maringá um percurso sinuoso de 8 km e lindas paisagens.
A vila de Maringá é o principal centro comercial da região de Visconde de Mauá com os melhores restaurantes, bares e lojas da região. Logo depois (3km) vem a vila de Maromba, lá se encontram os principais passeios, cachoeiras, trilhas e piscinas naturais, como está acima das outras vilas é a primeira vila a receber as águas cristalinas do principal rio de Visconde de Mauá que brota no Parque Nacional.
O legal de Maringá é que o Rio Preto é uma divisa natural entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Portanto uma pequena ponte corta a Vila, de uma lado a Maringá mineira e de outro Maringá Rio. Um charme a Vila com muitas lojinhas, bistrôs, restaurantes.... Passamos o dia percorrendo as ruazinhas e admirando tudo. À noite, já em Mauá comemoramos o dia novamente no Quiosque Bambu.











Como o caminho até Maromba não é pavimentado, optamos por descer a Serra e passar o sábado em Penedo. Diante de um céu bastante nublado com promessa de chuvas fortes reforçadas pelas meteorologia, fomos de busão para Penedo.
Penedo é um distrito e Parque Ecológico do município de Itatiaia, considerado o berço da colonização finlandesa no Brasil. Lá foi criada a Pequena Finlândia cujo tema central é a Casa do Papai Noel. Foram feitos estudos, pesquisas e viagens para que tudo saísse com requintes de fidelidade. O local é rodeado de sobrado típicos, pintados em cores variadas, seguindo a melhor tradição daquele país. As lojas expõem peças artesanais, as placas das ruas são bilíngues (português e finlandês), as cercas rústicas de madeira, conjugadas com cercas vivas, completam o cenário mágico.







Suas tranquilas pousadas, seu clima ainda ameno, sua generosa fauna e topografia fazem de Penedo um oásis em meio ao crescimento e ocupação da região.

Domingo após café era hora do retorno. Tão boa quanto a ida foi a volta. Tempo bom,  estrada com pouco movimento e nossas paradas habituais, pois viajamos sem pressa, sempre com muita segurança. Ficou pra trás a saudade e o desejo de voltar... Quem sabe??????