quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Um final de ano no balanço do mar: Paraty e Angra dos Reis

E mais uma vez os Estradeiros da Serra se lançaram numa deliciosa e inesquecível viagem. Final de ano se aproximando e precisávamos definir de onde daríamos o adeus ao 2016 e acolheríamos  2017. Como sempre fazemos, pesquisamos vários lugares, mas um chamou mais nossa atenção. Desde a minha adolescência eu tinha o sonho de ir a Paraty passando pela estrada Parque de Cunha. Todavia era uma estradinha perigosa, cheia de curvas e com trechos ainda sem pavimentação.
Porém, vi uma reportagem na internet que a mesma estava sendo revitalizada, com pavimentação de pedras na estrada parque e, confirmando com uma amigo motociclista de Guaratinguetá, soube que seria possível. Assim parti para a minha pesquisa de hotéis, o que fazer, onde comer e logo nosso roteiro estava traçado. Além do mais seria possível obter 2 carimbos para o nosso passaporte da Estrada Real, um em Cunha e outro em Paraty. Caminho definido, hotel reservado, datas estabelecidas era só esperar pelo dia da partida.
Dia 28/12,  saímos pela manhã com destino a Passa Quatro onde faríamos um pernoite. A viagem foi tranquila, o tempo estava ameno, fizemos as paradas de sempre para um café e esticada.  Por volta das 14 h já estávamos no Hotel Eco da Montanha, onde já havíamos estado em uma outra viagem.







Passa Quatro está localizada no sul de minas na região turística das terras altas da mantiqueira. Está em uma posição privilegiada, no meio do caminho entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com fácil acesso pela via Dutra. Reserva atrações que vão do casario colonial à natureza privilegiada, salpicada por cachoeiras, florestas, parques e picos. O friozinho ao entardecer e as delícias da boa mesa mineira incrementam o destino, procurado por turistas de variados perfis. No centrinho, um passeio a pé pelas ruas de paralelepípedo descortina as preservadas construções do final do século 19. É do Centro que parte a maria-fumaça, puxada por uma locomotiva de 1925. O tour dura duas horas e leva à Estação Coronel Fulgêncio, na divisa com São Paulo. Entre as atrações, paradas para apreciar o túnel que liga os dois estados e também para fazer compras de doces e artesanato na Estação Manacá, tem também a explicação histórica do guia e a animação de um violeiro.

Almoço em 28/12/2016

Café em 28/12/2016

Estação em fevereiro/2014

Passeio de Maria Fumaça em 2014

Túnel que divide Minas e São Paulo

Parque com cachoeiras em 2014





























































No dia seguinte, após o café, seguimos para Paraty. Novamente uma viagem gostosa, cheia de curvas. Paramos no alto da Serra da Mantiqueira, parada obrigatória onde há uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Aproveitamos para fazer uma oração para agradecer e pedir proteção em nossa viagem. Seguimos passando por Cruzeiro, Lorena, Guaratinguetá até chegar em Cunha. Viagem ótima pela Dutra, estradas bem conservadas, sinalizadas e com transito livre.













Cunha está localizada no alto Paraíba, ocupando 1.410 km² de colinas e montanhas, aninhada entre as serras da Quebra-Cangalha, da Bocaina e do Mar. Limita-se com Ubatuba, São Luiz de Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José de Barreiro no estado de São Paulo e Angra dos Reis e Paraty no estado do Rio de Janeiro. Destaca - se como um importante pólo de arte cerâmica do Brasil e da América do Sul. Possui vários atrativos naturais entre cachoeiras, picos e o Parque Nacional da Serra do Mar – núcleo Cunha. Lá fomos direto à doceria  da Cidinha, onde pegamos mais um carimbo do  passaporte da Estrada Real.
Passaporte carimbado, retornamos ao percurso já sob sol forte e intenso calor. De lá até Paraty seriam 46 km de muita curva acentuada e declives e aclives intensos. Uma paisagem exuberante de mata Atlântica. Mais um sonho realizado. Quase não me continha de tamanha emoção ao passar por ali. Fiquei tão vislumbrada com o que via que nem mesmo lembrei me de registrar com fotos. Já quase chegando em Paraty paramos no  Bar e Restaurante Barão para almoçar. Comemos uma comidinha simples mas gostosa. Ali pude tirar algumas fotos do nosso destino: Paraty.


Portal de Cunha

Carimbando o Passaporte em Cunha

Doceria da Cidinha em Cunha



























Canhoeira entre Cunha/Paraty













Após o almoço, terminamos de descer a serra e logo estávamos no Imperatriz Paraty Hotel, lindo e muito aconchegante diga – se de passagem. Fomos bem recebidos e instalados e pudemos descansar um pouco. Depois fizemos nosso tour pelo centro Histórico, que também já conhecíamos de uma outra viagem. A princípio achamos a cidade bastante suja, com muito lixo acumulado e fomos informados que os problemas de falta de verbas e atraso de pagamentos do Rio também havia chegado lá. Outra questão era a falta de um maior planejamento pois a cidade recebia nesta data e outros feriados um número exorbitante de turistas e não tinha estrutura para tal, chegava a faltar água.








No dia seguinte, como cortesia do Hotel, ganhamos um passeio de escuna. Saímos do Cais às 11h na escuna Estrela da manhã. Foi uma tarde de passeio pelo mar azul esverdeado de Paraty, conhecendo ilhas e suas histórias (são 60 ilhas e 90 praias), pela voz  de um  guia e cantor que animou toda a viagem. Algumas paradas para mergulho, almoço e à tardinha voltávamos cansados e felizes com o passeio.

















No dia 31, passamos o dia no Centro histórico, pegamos o carimbo de Paraty e depois fomos descansar para a noite do ano novo.


       O adeus à 2016 foi lindo! Uma queima de 15 minutos de fogos desenhando o céu paratiense, com muita luz e cor. Assistimos bem de frente para a enseada, na Praia do Pontal. Uma multidão assistiu junto conosco ao som de bandas, fogos e estouro de champanhes com alegria acolhemos 2017.





         No dia seguinte foi dia de preguiça, depois de passear pela manha na cidade,  à tarde curtimos a piscina do hotel. Foi ali que tivemos a alegria de conhecer dois adoráveis casais com os quais combinamos um passeio para o próximo dia.
Após o café da manhã, nos reunimos na recepção do hotel e partimos em 3 carros, 4 casais para Angra dos Reis. Lá contratamos um barco e fizemos um lindo passeio pela costa de Angra com lindas praias onde paramos para nos refrescar e comer.
As paisagens são realmente deslumbrantes, mas infelizmente convivendo com essa paisagem, resquícios da estupidez humana. Durante todo o passeio passamos pelos mais variados tipos de lixo em alto mar: garrafas, caixas, copos descartáveis, plástico, madeiras com pregos, panos, e muito mais. Foi top nosso passeio, com companhias pra lá de agradáveis: Kelly e Maurício, Patrícia e Marcos, Jeferson e esposa e as crianças Victória, Valentina e Julia.



Na Marina em Angra dos Reis

Embarcando

Curtindo a praia com os novos amigos

Passeio de barco

Antonio Carlos, Mauricio e os capitães do barco












































Dia seguinte era hora de retornar. Café tomado, nos vestimos da indumentária motociclística  e pegamos a estrada, deixando pra trás a saudade dos bons momentos ali vividos e o gostinho de “um dia voltamos”.... Missão cumprida, mais de 800 km de aventura do jeito que os Estradeiros gostam!