Já era hora dos Estradeiros
partirem para uma nova aventura. Entre várias opções de eventos
motociclísticos, optamos pelo Encontro de Motociclistas e Triciclistas dos
Magos Motocycle MC, em Santa Rita do Passa Quatro.
Há tempos eu desejava ir nesta cidade conhecer uma tal
casa torta da qual uma amiga motociclista muito querida, Gláucia Amoreli havia me falado.
Então finalmente eu realizaria mais esse desejo e de quebra faríamos nosso tour
por mais uma cidade do interior paulista e curtiríamos mais um evento.
Saímos não tão cedo, na sexta feira 13 de julho. Estava
bem frio. Em alguns trechos nos deparamos com pontos de neblina densa, mas logo
o tempo se abriu naquele céu limpo e azul típico do inverno e o sol docemente
nos aqueceu. Estrada tranquila como sempre, fomos fazendo nossas paradas,
tomando nossos cafés, dando e recebendo notícias de casa.
À tardinha, depois de uns desentendimentos entre o GPS e
eu, chegamos à Santa Rita do Passa Quatro, um município pertencente à região
metropolitana de Ribeirão Preto, considerada Instância Climática. Fiquei
encantada com a cidade com suas ruas largas, lindas casas, tudo muito limpo,
muitas praças com seus jardins bem cuidados. Nosso hotel, Hotel São Paulo Inn,
enorme e com muito bom atendimento.
Assim que chegamos, depois de fazer o cheque-in, fomos
descansar um pouco. Da janela do nosso quarto assistimos um espetáculo da
natureza: as várias árvores que formavam uma coluna recebiam uma enorme
quantidade de pássaros para o repouso noturno. Peguei logo o celular e
registrei uma parte desse momento maravilhoso.
Depois do descanso e de um bom banho partimos para o
local do evento, num clube de campo. O local era muito bonito e possuía uma boa
estrutura para receber os motociclistas. Depois de fazer nossa inscrição,
conhecer pessoalmente o presidente do motoclube Magos Motorcycle, Neno, que
gentilmente nos acolheu, fomos conhecer a noite santa-ritense.
O lugar escolhido para fechar o dia foi o Terraço do
Brodis. Bem próximo ao nosso hotel com um ambiente aconchegante onde tomamos
algumas cervejas e comemos um delicioso peixe.
Dia seguinte, após o café fomos turistar pela cidade.
Como sempre fazemos o primeiro ponto foi a Igreja Matriz para agradecermos as bênçãos
recebidas em mais uma viagem. Nos deparamos com uma maravilhosa obra de arte! A Igreja Matriz de Santa Rita, datada da segunda década do século XX — e restaurada de
2005 a 2009 —, abriga mais de 40 vitrais coloridos e pinturas do artista
ítalo-brasileiro Nicolau José Biagini. Ficamos boquiabertos com
tamanha beleza! O artista gastou aproximadamente 6 anos para pintá – la, à mão.
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Depois fomos a uma feirinha numa outra praça onde se podia
comprar de tudo, de guloseimas a frutas e verduras frescas, artesanato,
quitutes, quitandas e ao som de boa música ao vivo. Dali seguimos para a praça
da Estação onde se encontra o Museu Zequinha de Abreu, em homenagem ao músico ali
nascido compositor da música Tico – Tico no Fubá, eternizada por Carmem
Miranda. Infelizmente estava fechado.
Em
seguida fomos até a pousada Chuchua, onde se localizava a Casa Misteriosa,
objeto do meu desejo de conhecer. Gentilmente a gerente nos explicou que a
pousada está fechada para reforma com algum atraso na entrega de materiais, mas
como insistimos muito ela nos deixou conhecer a propriedade. Finalmente conheci
a “casa misteriosa”, construída pelo Sr. Brian
Neil Chuchua, um norte – americano, dono da Pousada. A física explica o mistério, mas o fato é que
ao se aproximar da porta já tive um pequeno mal-estar. Com relativa dificuldade
conseguimos entrar e caminhar na casa. Valeu a pena é muito interessante e nos
arrancou bons risos. Depois fizemos uma pequena caminhada por uma trilha
gostosa até chegar no alto da Cachoeira São Valentin, com uma visão
maravilhosa. A área é privilegiada por uma natureza exuberante! Após a reforma será
um lugar obrigatório para quem vai até Santa Rita.
Depois
do almoço fomos ao Morro do Itatiaia, um mirante com uma grande imagem de
Cristo Redentor de onde se obtinha a vista panorâmica de toda a região, de lá
podendo ver várias cidades. Paisagens de tirar o fôlego.
Depois
de descansar um pouco voltamos para o evento onde reencontramos os amigos Luiz
Nogueira e Rose e conhecemos uma galera muito legal, entre eles um simpático
casal, José Diuri e Maria Ângela. Conversamos como se já nos conhecêssemos a
muito tempo. O motociclismo faz isso, nos presenteia com boas amizades a cada
evento. Depois de compartilharmos nossas viagens, lugares visitados, fomos mais
uma vez fechar o dia numa pizzaria requintada da cidade: Restaurante e Pizzaria
Trevizzo onde comemos uma deliciosa lasanha de berinjela.
Dia
seguinte, após o café era hora de retornar. Vestimos nossa indumentária e
pegamos a estrada. Mais desentendimentos com o GPS, mas tão logo pisamos em
solo mineiro e conhecido a viagem rendeu e nas nossas cabeças o pensamento já buscando novos
destinos para a próxima aventura.
